segunda-feira, agosto 20, 2007
"Roubo do roubo"
Defina a frase acima e você definitivamente saberá definir o som desses nova-iorquinos. MENTIRA!!! Puro virtuosismo guitarrístico, uma ode a indefinição sonora, sobrevoando o punk, passeando pelo gramado do noise-rock, jantando com o free-jazz, visitando o grounge e - por que não?, pop de primeira, tudo isso ainda sim não reúne, em definitivo, predicativos para "definir" Sonic Youth.
Meu segundo disco da baixista mais foda da história da música foi comprado de forma meio impulsiva: saio do trabalho, almoço por perto e, após colocar o pé para fora do restaurante, dá uma vontade imensa de...:
1) Ir ao banheiro;
2) Vomitar;
3) Comprar um disco na Livraria Cultura;
Agora é com vocês, e aí?
Nunca fui muito bom em qualificar um disco (tudo se resume ao mero sabor de meu espírito, por exemplo: eu curto The Calling. Tenho quase certeza que sou o único fã do Sonic Youth no mundo [no Recife, de certeza!!] a gostar da falecida banda do galego Alex Band). Já com filmes eu desenrolo mais. Mas como SY não é um filme...
As minhas faixas preferidas são "Reena", "Incinerate", "What A Waste" (um hit, não faria feio em nenhum DISK MTV, algo raro em se tratando de SY), "Rats" e "Pink Steam" (quase dez minutos de música, como nos velhos tempos).
Respondendo a questão acima, afirmo: não há melhor sobremesa no mundo do que Sonic Youth.